Deputado amazonense observou que ajuda financeira à floresta é bem-vinda, mas ressalvou que ZFM também precisa ser mantida
O tão esperado anúncio do presidente, Joe Biden, de financiamento do esforço do Brasil para lidar com o desmatamento e a proteção da Amazônia, por parte do governo norte-americano, foi comemorado pelo deputado federal amazonense, Saullo Vianna (União-AM), mas com uma ressalva importante.
“O apoio financeiro no combate ao desmatamento na Amazônia é louvável e digno de comemoração. Porém, não podemos esquecer que, somente no Amazonas, a maior proteção da Amazônia é a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca, que geram emprego, renda e arrecadação para o Estado”, diz Saullo.
O parlamentar aponta que este apoio financeiro, além de cumprir seu papel de conservar a floresta, é essencial para o ecossistema de todo o mundo. No entanto, é preciso lembrar que a existência da Zona Franca possibilitou à população do Amazonas ter uma alternativa econômica para não precisar recorrer a atividades predatórias ao meio ambiente e que esse modelo precisa seguir sendo incentivado.
“Temos de deixar claro ao governo norte-americano que só foi possível termos no nosso estado 97% das nossas florestas intactas, a maior área de matas tropicais contínuas do mundo, porque optamos por outro modelo de desenvolvimento, ao contrário do Pará, por exemplo, que tem sua economia sustentada na mineração e exploração de recursos naturais”, acrescentou Saullo.
Fundo Amazônia – Além do apoio no combate ao desmatamento, os americanos também deverão sinalizar sua intenção de que os recursos oriundos do financiamento sejam canalizados por meio do Fundo Amazônia.
Nesta sexta-feira, 10/02, o presidente Luís Inácio Lula da Silva e Joe Biden se reúnem, em Whashington, para um encontro que deverá selar o começo de uma nova era na relação entre as duas maiores economias das Américas.