O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, está disposto a continuar na pasta, após a demissão do ministro Henrique Mandetta. A interlocutores, Gabbardo tem dito que “sair é deixar o país à deriva” e deixar o ministério seria uma irresponsabilidade com a saúde do país. O número 2 da pasta ficaria “enquanto for necessário”, o que não estaria limitado à fase de transição. Gabbardo está também entre os cotados para substituir Mandetta.
“Uma saída abrupta do ministério vai trazer muito prejuízo para o atendimento das pessoas”, afirmou à coluna um dos integrantes da equipe médica do Ministério da Saúde.
Na avaliação da equipe de Saúde, qualquer que seja o escolhido de Bolsonaro, levará um tempo, ao menos 30 dias, para o novo ministro tomar pé da situação.
Gabbardo considera que há exageros no isolamento social quanto à aplicação da medida em cidades com poucos casos ou em lugares onde manter as pessoas em casa nem sempre é suficiente porque o problema é a falta de capacidade de equipamentos e atendimentos. “Tem que ter momento correto de ocorrer. Fechar tudo não resolve”, afirma o interlocutor.
Sobre o uso da cloroquina, o secretário executivo da pasta entende que nao há embasamento científico para tratamento precoce, quando há os primeiros sinais da doença, nem preventivo, quando a pessoa não apresenta sintomas. A discussão se daria, sob a perspectiva de Gabbardo, no campo de pesquisa. Um dos motivos é que o governo brasileiro pode ser responsabilizado por recomendações erradas na área da Saúde.
Cotados
Bolsonaro tem conversado com indicados a sucessor de Mandetta, entre eles, o oncologista Nelson Teich, empresário da área da Saúde, que desembarcou em Brasília, nesta quinta-feira para um encontro com Bolsonaro.
A avaliação na equipe de Mandetta é de que nenhum nome é de pessoa com experiência com saúde pública
Fonte CNN Brasil