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Aplicativo que facilita aluguel e venda de roupas chega a Manaus

Quem nunca abriu o guarda-roupa e pensou não ter nada para vestir? Uma plataforma de compartilhamento de roupas e acessórios tem comprovado que, nem sempre, ir às compras é a melhor opção para variar os looks. Tendência que vem ressignificando o mercado da moda, o consumo consciente é a inspiração do aplicativo LOC, criado em Salvador (BA) e que chega a Manaus como uma alternativa mais sustentável para os “estilosos de plantão”.

 

Com mais de 50 mil usuários em todo o país, o aplicativo oferece algumas possibilidades: colocar peças para alugar ou vender, ou alugar e vender peças de outras pessoas. “Se você está com muita vontade de usar uma tendência específica mas não quer investir muito, pode alugar por uma semana e matar seu desejo. E quem tem o armário cheio de roupas e acessórios pode compartilhar para venda ou aluguel no LOC e ganhar uma renda extra. O aplicativo é gratuito para cadastro de peças”, explica o CEO da marca, Filipe Tambon.

Juliana Câmara

Além de roupas do dia a dia, o closet compartilhado é muito útil para aquelas ocasiões especiais em que quase sempre se compra peças para usar apenas uma vez, como festas, formaturas, casamentos e viagens para destinos com climas diferentes.

Qualquer pessoa pode disponibilizar peças para aluguel ou venda, basta fazer o download da plataforma nas lojas dos sistemas Android e iOS, e criar um perfil. O usuário deve cadastrar fotos e uma descrição dos itens. Também é preciso informar o valor original da peça e por quanto deseja alugar. O preço é estabelecido pela dona, mas o recomendado pelo aplicativo é que seja aproximadamente 10% do valor original.

Na hora de escolher uma peça, é possível encontrar opções em um raio de até 50 km de distância. “O aplicativo funciona por geolocalização, então, só é possível alugar ou vender na cidade em que você está, apesar de conseguir visualizar fotos de outras localidades. Atualmente, temos peças cadastradas em Manaus, São Paulo, São José dos Campos, Salvador, Feira de Santana, Campina Grande, São Luís, Santa Maria, Natal, Recife e Teresina”, informa Filipe.

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O período padrão do aluguel é de uma semana e a entrega e devolução são de responsabilidade da usuária que deseja alugar, mas é possível combinar a melhor forma em contato com a locadora da peça através do chat disponível no app.

Uma das usuárias do LOC, Juliana Câmara, conta que a plataforma tem transformado o seu modo de consumir moda.  “O aplicativo me ajudou a reduzir as compras, pois agora eu penso mais na hora de adquirir uma peça nova. Levo em consideração se eu conseguiria usa-la em várias ocasiões ou se ela ficaria guardada no armário depois de um tempo. Por exemplo, hoje eu já não compro mais vestidos de festa, pois é o tipo de roupa que não gosto de repetir. Então, quando preciso, busco no LOC uma opção que me atraia, assim, posso variar sempre sem precisar investir em algo que não vou usar em mais de uma ocasião”, explica.

Além de aproveitar as possibilidades de looks oferecidas pelo app, Juliana também disponibiliza algumas de suas peças para aluguel. “Atualmente, tenho algo em torno de 25 peças cadastradas, como sapatos, acessórios, bolsas, vestidos de festa, óculos de sol, entre outras, que estariam guardadas no meu armário, mas com o aplicativo estão gerando renda”, destaca.

Moda consciente

O consumo descontrolado junto com a correria do dia a dia são responsáveis por armários cada vez mais lotados e, ao mesmo tempo, pessoas frustradas em vestir constantemente as mesmas combinações.

Iniciativas como a do LOC têm crescido no mundo todo, com a proposta de ampliar as possibilidades de reinventar uma peça e contribuir também com a redução do impacto ambiental causado pela produção têxtil. Os usuários da plataforma podem variar o estilo e acompanhar tendências, sem necessariamente gastar muito e desperdiçar, bem como criar uma rotatividade sustentável para as peças que já não usam mais.

A indústria da moda, segundo dados da ONU Meio Ambiente, está avaliada em cerca de US$ 2,4 trilhões e emprega mais de 75 milhões de pessoas internacionalmente. Porém, se perde cerca de US$ 500 bilhões ao ano com o descarte de roupas que vão direto para aterros e lixões e sequer são recicladas.

“O mundo está mudando e é impossível ignorar que a cultura do excesso está saindo de moda. Por isso, se torna cada vez mais importante repensar os hábitos de consumo, especialmente no que se refere ao vestuário”, destaca Filipe Tambon.

Na capital amazonense, essa mudança de comportamento veio acompanhada do surgimento de diversos brechós e perfis de “desapego” nas redes sociais, que buscam transformar em renda acessórios, roupas e calçados que estavam sobrando no armário. Estes empreendedores que já atuam no mercado também poderão aproveitar a novidade do LOC em 2020, que é a opção de venda através do aplicativo, para aumentar seu público e a rentabilidade de suas peças. A ideia de economia colaborativa beneficia a todos.

Mais informações sobre a plataforma estão disponíveis no Instagram @loc_manaus e no site: www.meuloc.com Link Download- download.meuloc.com.

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