Segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), existem aproximadamente 370 mil fragmentos de lixo e equipamentos espaciais orbitando a Terra a velocidades de até 35 mil quilômetros por hora. Destes, apenas 22 mil são possivelmente identificáveis e monitoráveis. Grande parte do total trata-se de detrito espacial, já sem uso.
Repleta de equipamentos criados e lançados ao espaço desde 1954 pelo homem, a imagem faz pensar se em breve já não será difícil que um foguete ou uma espaçonave decolem rumo ao espaço sem colidir contra um desses objetos.
Sucesso nos cinemas neste ano, o filme Gravidade, de Alfonso Cuarón, registra o que seria um acidente envolvendo detritos espaciais como os mostrados na imagem e uma estação espacial. Entrevistado pelo UOL, o astronauta brasileiro Marcos Pontes afirmou que o acidente do filme poderia acontecer na vida real.
Satélite caiu em novembro
Há pouco mais de um mês, a notícia de que o satélite Goce, da Agência Espacial Europeia (a ESA), estava prestes a cair sobre a Terra chamou atenção para a questão dos detritos espaciais.
O equipamento acabou se desintegrando ao reentrar na atmosfera terrestre em 10 de novembro, sem causar maiores danos. Os restos do satélite passaram por regiões como a Sibéria, o oeste do Oceano Pacífico, o leste do Oceano Índico e a Antártica.
Todos os anos, segundo a ESA, de 100 a 150 toneladas de material produzido pelo homem e lançado ao espaço retornam à atmosfera terrestre.