Um Grupo de Trabalho foi criado para viabilizar a implantação de um Serviço de Inspeção Municipal (SIM) na cidade
Neste sábado (28/01), o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), José Omena, participou de um encontro com produtores rurais no município de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus). Durante a reunião, os produtores que atuam na avicultura destacaram a necessidade de implantação de um matadouro no município.
O fornecimento de um modelo de processo mínimo para plantéis e a possibilidade de discutir junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) a mudança da legislação que rege o setor, para atender os criadores de pequeno porte, também estiveram entre os temas debatidos.
Para viabilizar a solução destas demandas, foi deliberada a criação de um Grupo de Trabalho com representantes da Adaf, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), da Secretaria Municipal de Produção Rural de Rio Preto da Eva, da Embrapa e de produtores locais.
Segundo o diretor-presidente da Adaf, José Omena, juntos o Governo do Amazonas, o Sistema Sepror e a Prefeitura de Rio Preto da Eva vão se mobilizar para vencer este obstáculo.
“O secretário Petrucio (Magalhães, de Produção Rural), a Adaf e o Idam vão solucionar as demandas dos criadores de forma conjunta. Hoje, a principal demanda de Rio Preto da Eva e de outros municípios é a adesão ao Serviço de Inspeção Municipal, para que o produtor tenha o rastreio dos seus animais, a possibilidade de adquirir pintainhos e abater seus animais de forma segura e legalizada”, afirmou.
Servidor da Adaf em Rio Preto da Eva, o técnico agropecuário Luiz Arruda afirma que o município já é o terceiro município do Amazonas com maior criação de aves, o que demanda a instalação de um abatedouro local para impedir o abate clandestino e auxiliar o escoamento da produção.
“Hoje, existe um déficit porque o produtor consegue comprar até mil bicos, mas não tem para onde vender já que a legalização está relacionada ao abatedouro. No Estado existe um abatedouro legalizado, só que ele não tem capacidade para abater todos os animais”, disse.
Atualmente, Rio Preto da Eva possui quatro granjas de postura com mais de dez mil bicos.
A produtora rural Carla Kelly, que atua nos setores de avicultura e piscicultura, parabenizou a iniciativa da Adaf de ouvir o pleito dos produtores. Ela conta que a intenção dos avicultores é obter a legalização, para adquirir o Selo de Inspeção e assim comercializar seus produtos de forma legal.
“Nós fomos agraciados com a presença do presidente da Adaf, e de representantes da Câmara Municipal e da Prefeitura de Rio Preto que tiveram o interesse de saber qual é a necessidade do povo e se colocaram à disposição para ajudar. Estamos muito gratos porque, às vezes, nós só queremos ser ouvidos. E o Governo do Estado nos deu a oportunidade de falar. O nosso alvo é atingir Manaus, mas encontramos um impasse porque no ato da compra dos pintinhos nós já precisamos informar o nome do abatedouro. Como ainda não temos o abatedouro, nós estamos pleiteando a criação de um abatedouro local”, destaca