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Coronavírus pode ter entrado no Brasil por Manaus,’ diz Mandetta

Manaus- O Amazonas é um dos estados que mais sofre com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil e os números de infectados já estão bem próximos de 20 mil. Diante desse cenário, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, disse acreditar que o vírus entrou no Brasil por Manaus, mas ao certo pelo trânsito empresarial do Polo Industrial de Manaus (PIM). A afirmação foi feita em entrevista à jornalista Leda Nagle, em seu canal do Youtube.

Segundo o ex-ministro, a população amazonense viaja frequentemente para Miami, já que Manaus fica perto da cidade da Florida, nos Estados Unidos da América (EUA). Outra possibilidade do vírus ter entrado no país, foi pelos vôos da China, onde empresários chineses tem uma rotina de negócios por conta da Zona franca de Manaus (ZFM).

A China foi o epicentro da doença nos meses de dezembro à janeiro e os Estados Unidos já contabilizam milhões de casos positivos da Covid-19. “O pessoal de Manaus viaja para Miami, porque é perto, e para a China, onde a Zona Franca faz negócios. Manaus terá mais anticorpos que o resto do Brasil”, avalia o ex-ministro.

A tese seria comprovada, segundo o ex-ministro, quando for feito o inquérito sorológico na população manauara. Isso mostrará o percentual da população que tem ou teve o vírus. “Vai voltar para o período de normalidade, porque as pessoas terão adquirido imunidade”, disse.

O ministro disse que a pandemia terá 27 semanas no Brasil. Junho, segundo ele, seria o pico. Setembro é a hora da saída. “Depende de cada cidade. O Brasil é um continente. Vamos ter cidades que vão passar primeiro e cidades que vão passar depois. Hoje, o epicentro está deslocando de Manaus para Belém”, observou Mandetta.

Cloroquina, arritmia e mortes

A capital amazonense foi lembrada também por conta das mortes em casa e que podem ter sido provocadas, segundo ele, por cloroquina. “Manaus teve um dia que morreram 40 pessoas. A arritmia pode te levar à morte súbita, dormindo. Os médicos estão com receio de prescrever. O problema é que politizaram a cloroquina. A gente tem que colocar a ciência como nosso pilar. Os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump defenderam a substância como ‘o remédio’ contra a pandemia,” acrescentou.

Anticorpos

O pico de mortes em Manaus, que provocou imagens duras, como as covas coletivas, serviu como argumento para a tese do ex-ministro. “Se você ver o Rio Grande do Sul, onde o vírus praticamente não chegou, o número de casos é baixíssimo. Isso significa que outras cidades brasileiras ainda podem viver cenário semelhante,” disse Mandetta.

Mandetta comentou a saída do ministro Nelson Teich. “Acho que ele deveria ter usado mais a equipe. Vi que ele ganhou companhia do Exército, mas o Exército tem pouca experiência com Sistema Único de Saúde (SUS). Eu tinha apoio de instituições de todo o País, como o Evandro Chagas, no Pará, e o Instituto de Medicina Tropical, de Manaus. Ele desmontou toda a equipe, do motorista ao porteiro”, criticou.

O ex-ministro lembrou que a cloroquina é usada em Manaus para combater a malária. “É um princípio antigo, usado desde a gripe espanhola”, afirmou. A China usou, mas os primeiros trabalhos científicos sobre a doença só aconteceram quando a doença chegou à Europa”, disse.

Os diversos outros remédios usados contra a Covid-19 foram analisados por Mandetta. “É o uso compassivo, aquele uso ainda não comprovado. O efeito colateral da cloroquina é a arritmia cardíaca. A gente quer proteger pacientes de 60, 70 anos de idade e eles são os que mais fazem arritmia. Jovens não sentem isso,” enfatizou.

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