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Projeto de desenvolvimento integral beneficia mais de 680 crianças e adolescentes ribeirinhos em Eirunepé

Mais de 680 crianças e adolescentes foram beneficiados por programa que promove desenvolvimento integral de jovens em comunidades ribeirinhas no município de Eirunepé, localizado a mais de 1,1 mil quilômetros de Manaus. Esse foi o impacto do programa implementado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), cujo evento de encerramento ocorreu no último 25 de junho.

A cerimônia recebeu mais de 170 pessoas, entre as quais 81 crianças e adolescentes, e foi realizada na comunidade Lago Grande, localizada na Reserva Extrativista (Resex) Rio Gregório, nos municípios de Eirunepé e Ipixuna, interior do Amazonas. Ao todo, 18 comunidades da Resex foram representadas no dia.

O programa, implementado desde 2019, beneficiou 682 crianças e adolescentes e 334 famílias de comunidades ribeirinhas do município, onde realizou 24 cursos e oficinas, e mais de 460 orientações socioassistenciais. Além das comunidades, um bairro na sede do município também recebeu atividades do projeto.

Logística complexa

A educadora social do Programa de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas da Amazônia (Dicara) e responsável pela execução no município de Eirunepé, Gleyciane Costa, explica que o principal desafio para implementação do programa nessa área é a logística.

Para a realização do evento e após uma série de cancelamentos de voos até o município amazonense, a equipe teve que viajar de Manaus até o estado do Acre, com escala em Brasília. Do município de Cruzeiro (AC), a equipe embarcou num táxi com duração de duas horas até o município de São Vicente, no mesmo estado. De lá, foram aproximadamente 13 horas de canoa motorizada, já que a secura do rio impediu a utilização de uma voadeira.

De Eirunepé até a Unidade de Conservação (UC), onde estão as comunidades ribeirinhas beneficiadas pelo programa, são mais três dias de barco ou um completo de lancha.

“De Manaus até Eirunepé, de avião, dá 4h normalmente e ainda tem esse tempo logo até a Resex. Para esse evento, indo pelo Acre, foi mais tempo viajando para o evento do que a realização do encerramento em si, que durou apenas um dia”, comenta Gleyciane.

Para a supervisora do Dicara, Bruna Silva, valeu o sacrifício. “Foi muito bom e valeu cada sacrifício para que esse projeto se tornasse realidade. Trago aqui o agradecimento de cada jovem e comunitário para cada um que contribuiu para que esse projeto fosse possível”, destaca.

O público-alvo do programa são crianças e adolescentes até 17 anos e o objetivo é levar desenvolvimento social, ambiental e empoderamento para comunidades ribeirinhas, por meio de atividades nos eixos da Educação, Saúde e Cidadania.

 

Atualmente, o Dicara contempla sete municípios: Fonte Boa, Uarini, Itapiranga, Novo Aripuanã, Carauari, Eirunepé e Presidente Figueiredo. No dia do encerramento em Eirunepé, aconteceu uma programação especial, com uma avaliação geral, onde os agentes escutaram pais e alunos sobre os pontos fortes e fracos para melhoria do projeto.

Além do bate-papo, os estudantes apresentaram de forma prática e lúdica seus conhecimentos obtidos nos cursos e oficinas do Dicara.  Também aconteceu a formatura dos alunos que participaram dos cursos de Informática, Violão, Oficina de Educação Ambiental e Oficina de Liderança Jovem.

Ainda ocorreram apresentações culturais, como a mostra de uma maquete, representando as comunidades da Resex, feita pelos próprios alunos do projeto.

O evento aconteceu por meio da parceria da FAS com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), a Associação de  Moradores  Agroextrativistas da Resex do Rio Gregório (AMARGE), além das secretarias municipais de Educação e  de Saúde e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/AM). O financiamento é feito pela EMS e Lojas Americanas.

Sobre a FAS

Fundada em 2008 e com sede em Manaus/AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil e sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. Por meio da valorização da floresta em pé e de sua sociobiodiversidade, a FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia.

Créditos das imagens: Cleomar de Oliveira

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