sábado ,23 novembro 2024
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restaurante Recanto do Quixito

No Amazonas bares e restaurantes têm volta do movimento, mas continuam com a preocupação com as dívidas

A pesquisa mostra que 65% do setor da Alimentação Fora do Lar não conseguiram repassar aumento dos custos para o cardápio

 

Dívidas acumuladas e o fantasma da inflação trazem preocupação ao setor de alimentação fora do lar. É o que mostra o mais recente levantamento da Abrasel, que consultou 1.689 empresários de todo o país. O movimento de retomada está se consolidando, em Manaus os dados mostram que 34% dos bares e restaurantes tiveram lucro em maio, contra 14% que realizaram prejuízo. Outros 52% ficaram em equilíbrio. Os números ficaram estáveis em relação ao último levantamento, que trouxe o resultado de abril, quando 35% tiveram lucro e 28%, prejuízo.

Inflação

A inflação é o principal obstáculo para uma retomada mais rápida; 65% não conseguem repassar aumento de custos; 38% dos respondentes dizem ter feito reajustes, mas abaixo da inflação oficial. Outros 27% não conseguiram reajustar o cardápio. Já 27% reajustaram somente para acompanhar a inflação e somente 8% dizem ter feito reajuste acima da inflação. Outros 67% dos que tiveram prejuízo citaram o aumento dos principais insumos (alimentos e bebidas) como um fator que contribuiu para o resultado negativo e entre os outros principais fatores citados estão custo com aluguel (56%), dívidas com empréstimos bancários (56%), dívidas com impostos (44%) e custo de energia (33%).

De acordo com o presidente da Abrasel no Amazonas, Rodrigo Zamperlini, “Pela pesquisa, fica claro que os empresários da alimentação fora do lar no Amazonas, além do peso da pandemia, refletido no endividamento do setor, também estão lidando com o desafio da inflação, o reajuste de preços nos cardápios sem afugentar o cliente e o comprometimento da margem de lucro. A recuperação do volume das vendas continua progressiva, mas uma parcela expressiva dos empresários (14%) ainda trabalha com prejuízo”, afirma Zamperlini.

Crédito

Já na questão dos créditos na praça, 63% têm empréstimos contratados; 82% tomaram dinheiro de linhas regulares dos bancos, e 34% fizeram empréstimo via Pronampe (muitos estabelecimentos tomaram os dois tipos de empréstimo). Dos que pegaram empréstimo de linhas regulares, 24% têm parcelas em atraso, contra 14% que estão em atraso com parcelas do Pronampe e 12% do custo mensal, em média, estão comprometidos com o pagamento de dívidas bancárias.

Impostos

Os débitos com impostos também se acumulam; 29%, ou seja, quase um terço dos bares e restaurantes do Simples Nacional estão com o imposto atrasado (eles representam 74% dos respondentes). Destes que estão em atraso, 43% aderiram ao Relp (programa de reescalonamento de dívidas) e 37% das empresas estão inscritas no Cadastur. Entre as que estão inscritas e têm débitos na dívida ativa, somente 22% aderiram ao Perse e 43% disseram desconhecer o programa.

 

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