A Força Nacional do SUS, convocada pelo ministro da Saúde para atuar em Manaus, identificou a evolução da escassez de oxigênio em hospitais da cidade e a omissão de profissionais de saúde em prestar atendimento adequado a pacientes de Covid-19 por causa do problema.
Relatórios produzidos pela equipe indicam a previsão de quando ocorreria o colapso. Ainda assim, as quantidades de oxigênio enviadas pelo Ministério da Saúde não foram suficiente para evitar a crise no sistema de saúde. Na última quinta-feira (14), pacientes morreram asfixiados nos hospitais.
Nos documentos, conforme apuração da Folha de São Paulo, há registros do momento em que o oxigênio foi para a reserva nos hospitais; a prática de equipes médicas de não fazerem a medição da saturação de pacientes, para que não se detectasse a necessidade de suprimento de oxigênio; e o impedimento de abertura de novos leitos no hospital universitário federal por falta do insumo.
O ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello, tem 15 dias para explicar à PGR (Procuradoria-Geral da República) por que houve omissão diante da constatação prévia do problema. Pazuello foi alertado, pelo menos desde o dia 8, em diferentes frentes: pelo governo do Amazonas; pela empresa fornecedora, a White Martins; e até mesmo por uma cunhada em Manaus.
Os relatórios apontam que o ministro também tinha informações detalhadas de um grupo de técnicos, convocados para atuar em caráter de urgência, que percorriam diariamente as unidades de saúde.
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