Prevenção pode detectar lesões assintomáticas e possibilita tratamento do câncer mama em fase inicial
Todos os anos, a campanha Outubro Rosa é realizada para conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento correto do câncer de mama, mas as estatísticas revelam que é preciso estar atenta à doença durante o ano todo. Por isso, para reafirmar esse compromisso em alertar as mulheres sobre a doença, em 5 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional da Mamografia.
Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que o Brasil somaria cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, número que corresponde a 28% de todos os diagnósticos da doença registrados no país – o que faz dele o tumor mais incidente entre as mulheres depois do câncer de pele não melanoma.
Conforme o especialista em mastologia do Grupo Hapvida, Edison Pedrinha, em sua fase inicial, a doença normalmente é assintomática. No entanto, alguns de seus sinais notáveis são nódulos palpáveis da mama, retração de mamilos ou alterações da pele das mamas.
“O diagnóstico do câncer de mama é feito por biópsia, mas a identificação das lesões é feita por exame físico e de imagem. Dentre estes, podemos citar a mamografia, que é o principal meio de rastreamento de lesões iniciais e a ultrassonografia mamária”, explica Edison.
A detecção precoce é fundamental, haja vista que as chances de cura podem chegar a 95% quando o tumor é descoberto no início. Também recomenda-se que as mulheres façam o toque das mamas sempre que necessário.
O médico ressalta ainda que, embora o câncer de mama acometa principalmente as mulheres, 1% dos casos da doença ocorre em homens. “Não existe prevenção primária ao câncer de mama, mas algumas medidas podem reduzir o risco da doença, como evitar a obesidade, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, consumo de alimentos ricos em gorduras e uso de hormônios sem recomendação médica”, alerta o mastologista.
Embora não tenha uma causa única, o câncer de mama pode ser adquirido por diversos indicadores, como idade, história reprodutiva, fatores genéticos, e hereditários. Mulheres com idade a partir dos 50 ano são mais propensas a desenvolver a doença.
Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão subordinado ao Ministério da Saúde (MS), o câncer é a segunda doença que mais leva a óbitos no país, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. No Amazonas, o câncer de mama levou 170 pacientes a óbito, sendo 134 somente em Manaus, de acordo com os dados registrados em 2019 pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Segundo a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), o serviço de Mastologia da unidade hospitalar realizou mais de 4.503 atendimentos, em 2019. E os últimos dados disponíveis pelo serviço de Registro Hospitalar de Câncer (RHC) de câncer de mama apontam 313 casos em 2017 e 308 em 2016.
De acordo com projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 450 novos casos de câncer de mama devem ser registrados no Amazonas em 2020. A estimativa refere-se à taxa bruta e ajustada a incidência por 100 mil habitantes, segundo sexo e localização primária.
O exame
A mamografia é indicada a todas as mulheres a partir dos 40 anos e deve ser feita anualmente. Já aquelas com histórico familiar da doença devem ter um acompanhamento individualizado antes mesmo dessa idade.
A mamografia é um método de Raio-X que oferece maior possibilidade de detecção de lesões. A ultrassonografia não tem irradiação ionizante e pode complementar a mamografia em determinados casos, diferenciando os tipos de nódulos.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que a mamografia preventiva, ou de rastreamento, não evita o surgimento do tumor, mas é o exame mais eficiente para detecção do câncer de mama ainda não-palpável clinicamente (com menos de 1cm), que apresenta alto índice de recuperação se for tratado adequadamente.
Estrutura
O Ministério da Saúde estima que por meio de uma boa alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Nesse sentido, o Hapvida disponibiliza uma estrutura para o cuidado multidisciplinar com as portadoras da doença, ressaltando a importância da identificação precoce de lesões suspeitas, além de um tratamento completo e humanizado.
Com mais de 6 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior e único sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida.
Atua com mais de 29 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais 14 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 160 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 126 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
Sobre a data
Instituído desde 2013, a partir do Projeto de Lei da Senadora Maria do Rosário (PT-RS), a data objetiva sensibilizar mulheres sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil.